terça-feira, 8 de maio de 2012

Tailândia









O Clima


A Tailândia tem um clima tropical, isto é, úmido e quente, com três estações: temperada, quente e chuvosa.

A melhor época para viajar é entre os meses de Novembro e Fevereiro, que coincide com a estação temperada. Neste período, a temperatura média é de 20º C, com um índice de umidade por volta dos 55%.

Durante a estação quente, de Março a Maio, a temperatura pode subir até aos 30º C, como média, podendo chegar a valores próximos dos 40º C em algumas zonas. Nesta época, o índice de umidade sobe consideravelmente.

De Junho a Outubro, na estação chuvosa, as monções fazem a sua aparição com diferente incidência conforme as zonas. Se, no Norte, a intensidade das mesmas pode ser escassa, no Sul, a sua presença pode revelar-se com grande violência. A temperatura oscila entre os 24º e os 34º C, embora a sensação de calor possa parecer bastante superior, já que os índices de umidade rondam, neste período, os 80%.

Informação Geral:
  • Superfície: 514.00 Km2
  • População: 65.493.298 milhões de habitantes (dados de 2008)
  • Capital: Banguecoque (10.061.276 milhões de habitantes)
  • Geografia: É limitada a Oeste com Myanmar (antiga Birmânia) e o Índico; ao Sul e Este com a Malásia e o Golfo de Tailândia; ao Oeste com o Camboja e ao Norte com Laos.
  • Idioma: O tailandês é o idioma oficial. Tanto o inglês como outros idiomas ocidentais são comuns entre a população.
  • Política: Monarquia Constitucional desde 1973
O vale do rio Mekong era já habitado há uns 10.000 anos; os primeiros agricultores do mundo e talvez os primeiros a trabalhar o metal falavam Thai de uma forma primitiva e viviam no território que é hoje ocupado pela Tailândia. O arroz cultivava-se nas zonas de Bang Chiang e Bang Prasat, no Noroeste, cerca do ano 4.000 a.C. A cultura de Bang Chiang conheceu a metalurgia do bronze antes do ano 3.000 a.C…

Desde então e até hoje, a história do país dos sorrisos passou por diferentes períodos, uns mais prósperos e outros marcados por estrondosas e sangrentas invasões.

O Período Ayutthaya foi possivelmente o mais próspero e o que definiria, sem dúvida, o futuro do país.

Ayutthaya foi uma das maiores e mais ricas cidades da Ásia, devido, em grande parte, ao seu importante porto marítimo. O reino manteve ininterruptamente um regime monárquico, ao longo de 400 anos, com 34 reinados. Tantos portugueses, como holandeses, ingleses, dinamarqueses e franceses estabeleceram embaixadas nesta cidade. Em meados do séc. XVI, Ayutthaya caiu sob o domínio dos birmaneses, mas os thais recuperaram o controle no final desse mesmo século. 


Em 1765, a riqueza de Ayutthaya atraiu, de novo, a atenção dos birmaneses, cujo cerco a reduziu a escombros. Em 1769, o General Phraya Taksin reuniu os exércitos Thai, conseguiu expulsar os birmaneses e proclamou-se rei, transferindo a capital para Thonburi. Os constantes desentendimentos com os seus ministros provocaram a sua destituição.

Em 1782, com a proclamação de um novo rei, também ele general, Chao Phraya Chakri, iniciou-se uma das mais famosas dinastias, a Chakri. A capital foi transferida para Banguecoque.

O rei Mongkut, mais conhecido como Rama V, sobiu ao trono e iniciou um período de reformas, estabelecendo relações diplomáticas com a Europa.

Por iniciativa de um grupo de estudantes thai que viviam em Paris, preparou-se, em 1932, uma revolução contra a monarquia absoluta do Sião, cujo resultado levou à criação de uma monarquia constitucional segundo o modelo britânico.

Foi em 1939 que o nome oficial do país, Sião, foi substituído pelo de Tailândia. (práthêt thai). Práthê provém do sânscrito pradesha que significa “país”, thai significa “livre”.

De 1941 a 1945, o exército japonês ocupou algumas zonas da Tailândia, até ter sido derrotado, no final da Segunda Guerra Mundial. Foi precisamente este período de ocupação que inspirou um dos filmes mais famosos e vencedor de um Óscar “A ponte sobre o rio kwai”. 






O actual rei Rama IX sobe ao trono em 1946, chegando ao poder o primeiro governo tailandês eleito democraticamente e iniciando-se, com este, um grande período de mudanças, uma certa instabilidade em que, uma e outra vez, se sucedem tentativas de golpe de estado, intrigas e conspirações. A juventude, como em todos os outros países, sempre na vanguarda, incitará a melhorias, aberturas e, sobretudo, lutará constantemente para manter e consolidar a monarquia constitucional e a liberdade.

Rama IX tem sido e é sem dúvida um rei que, por muitos motivos, tomou decisões-chave em momentos muito importantes, tanto no passado como no presente e como seguramente no futuro. Não é em vão que é o decano dos monarcas do mundo, reinando há mais de sessenta anos.

Entre 1991 e 1992, um golpe militar coloca o General Shuscinda no poder. Em resposta aos permanentes confrontos de rua entre manifestantes que pedem a demissão do general e dos militares, Rama IX intervém e restaura a democracia.

Em 26 de Dezembro de 2004, encontrando-se o país num processo de recuperação, um tsunami assola a costa tailandesa de Andaman… este desastre provoca não somente um grande retrocesso na reconstrução de zonas a recuperar, como exigiu também um grande esforço por parte das autoridades, bem como da população em geral, para concluírem essa reconstrução em tempo recorde.





Um ano depois, todo o povo tailandês pôde transmitir ao mundo inteiro esta mensagem: conseguimos, as zonas afectadas estão totalmente recuperadas.

Hoje, a normalidade é total e o turismo voltou a eleger a Tailândia como destino de férias e este é sem dúvida o melhor indicador e a melhor recompensa pelo esforço realizado.

Gastronomia

Aromas, sabores… a Tailândia é sem dúvida um paraíso para os que gostam da boa cozinha. A riqueza dos seus ingredientes, o requinte da apresentação, uma grande criatividade, o seu exotismo fazem da gastronomia tailandesa uma das mais ricas de todo o Oriente.

O arroz é um dos alimentos que nunca faltam na mesa tailandesa. Serve-se de múltiplas maneiras: fervido, frito ou em sopa. Na zona Norte, a variedade cultivada é mais gelatinosa, sendo mais conhecido como “arroz pegajoso”.

Os molhos preparados com vários ingredientes são garantidamente a base da gastronomia. Malaguetas, patés de caranguejo, alho e especiarias. Não se limitam a ser utilizados apenas como tempero, desempenhando um papel específico, como por exemplo o molho de peixe, (nam pla), que em muitos pratos substitui o sal. Outros utilizam-se para realçar determinados sabores, tal como o molho de ostras fermentadas ou como outros que incorporam leite de côco para suavizar os sabores.

O cafe da manha thai poderá surpreender pela sua abundância. Compõe-se geralmente de arroz de frango, porco, gambas com alho, acompanhados de um ovo estrelado e pepinos pequenos em vinagre. De facto, assim não é necessário o café para despertar o corpo.

O almoço é mais ligeiro e geralmente é composto por apenas um prato de arroz frito, massas com algumas sanduíches frias e verduras.

O jantar é a refeição mais importante do dia. Nele concentram-se em qualidade, quantidade e sabor, os melhores ingredientes da cozinha thai -arroz sopa, peixe ou frango, saladas, hortaliças, molhos e sobremesas.

Outro dos aspectos mais importantes é a apresentação, a delicadeza e a arte com que cada prato chega à mesa, não faltando nunca os arranjos florais nem as frutas ou verduras cortadas nas mais artísticas e formas criativas. Quando nos sentamos num restaurante, deparamo-nos com um arco-íris de cheiros, cores e sabores capazes de cativar o mais exigente dos gourmets.

A religião

Budismo - 85,3%
Islamismo - 6,8%
Cristianismo - 2,2%
Sem religião ou ateísmo - 2,1%
Outras religiões - 4%

O seu lema é “Sanuk, Sabai e Saduak”, que traduzido significa “sê feliz, fica tranquilo, contenta-te com aquilo que a vida te oferece”.
O budismo é a religião predominante. Aproximadamente 95% da população Thai é budista. À cabeça da hierarquia budista, o chamado patriarca supremo é por norma um membro da família real. O tipo de budismo que predomina na Tailândia é o da escola Theravada, que insiste no potencial do indivíduo para alcançar o nirvana, o estado puro, a reencarnação, o passo para uma vida melhor. Ser um bom praticante, “assegura” uma melhor reencarnação.

Os monges budistas têm a incumbência de transmitir os cinco preceitos do código ético do budismo Theravada: não matar, não roubar, não abusar sexualmente, não mentir e não envenenar as bebidas. Estes preceitos não constituem nenhuma lei escrita, são somente recomendações a que o budismo chamou “a conduta correcta”.

O país conta com uns 18.000 templos e 140.000 sacerdotes budistas. Quase todos os homens tailandeses que professam este credo vivem uns dias, ou mesmo meses, num wat ou mosteiro.

A visita a qualquer dos seus templos implica entrar correctamente vestido: nada de calções, t-shirts e, sobretudo, é obrigatório descalçar-se antes de entrar.

Os muçulmanos constituem aproximadamente 4% da população. Há também comunidades cristãs e hindus.

A hospitalidade e a doçura dos tailandeses são proverbiais.

O conceito budista da transitoriedade da vida, a possessão e a necessidade de evitar emoções e comportamentos excessivos moldam o carácter, que se manifesta tranquilo e fascinante. O sorriso está permanentemente nos seus rostos, um estilo de vida fruto de uma profunda serenidade da alma.

Economia

O desenvolvimento econômico da Ásia, relativamente bom, sofreu uma crise em 1997 que repercutiu por toda a região e prejudicou diversos países. Atingiu também a Tailândia que vinha tendo o maior crescimento econômico nesses últimos 10 anos média anual de 8,4% entre 1990 e 1995 – e desvalorizou totalmente o baht, moeda do país.

A Tailândia é o maior exportador de arroz do mundo.

Desde então, a Tailândia vem tentando estabilizar-se economicamente e obteve excelentes resultados, obtendo crescimento anual notável nos anos de 1999 até 2005. Atualmente, o país é um dos maiores exportadores mundiais de arroz. Outro importante produto cultivado é a cana-de-açúcar.


Durante a crise, o mercado de produtos manufaturados e industrializados ajudou muito a sua recuperação econômica com a exportação de produtos como computadores, sapatos, eletroeletrônicos, joias, brinquedos, produtos de plástico etc.

No entanto, a agricultura continua sendo de grande importância para a economia do país, com mais de metade da percentagem total de mão de obra sendo dedicada a esse setor. Porém, no ano de 1995, a renda dos trabalhadores rurais era 15 vezes inferior ao da renda da população que trabalhava em outros setores. Em 1999, a renda familiar média tailandesa foi de 318 dólares estadunidenses por mês, enquanto, para o setor agrícola, a média foi de apenas 24 dólares estadunidenses por mês. O turismo é um setor que contribui também bastante para o produto interno bruto anual do país. Em 2002, por exemplo, houve um aumento de 7% na quantidade de turistas em comparação ao ano anterior. Os Estados Unidos são o principal parceiro econômico da Tailândia, seguido pelo Japão e países europeus.

A estabilização e melhora da economia depende do aumento das exportações do país para países europeus e os Estados Unidos.

Bangkok é a região mais industrializada do país e a região nordeste, a mais pobre.

A Cidade Histórica de Ayutthaya, na província de Ayutthaya, tem um dos templos mais surpreendentes da história da Tailândia e é um importante centro turístico e histórico.


Embora a Tailândia venha se recuperando aos poucos da crise que abalou o país, a contínua melhora de sua economia depende de investimentos externos e do aumento das exportações. O baixo e lento nível de crescimento de mão de obra qualificada e engenheiros pode limitar a produtividade e eficiência do setor tecnológico, peça-chave para o desenvolvimento econômico do país.

A Tailândia faz parte do tratado internacional chamado Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, um bloco econômico que tem, por objetivo, transformar o Pacífico numa área de livre comércio que englobe economias asiáticas, americanas e oceânicas.

A Tailândia também tem parte do seu crescimento baseado no turismo, que é crescente, mesmo após o tsunami de 2004.


Política da Tailândia


Rei Bhumibol Adulyadej e a rainha Sirikit no Salão do Trono Ananda Samakhorn, no Palácio de Dusit, em Bangcoc.

A política da Tailândia ocorre atualmente em uma estrutura de monarquia constitutional, por meio do qual o primeiro-ministro é o chefe de governo e o monarca hereditario é o chefe de estado. O poder executivo é exercitado atualmente por uma junta militar que aponta seus Primeiros-ministros e o Gabinete. O poder legislativo é investido em uma legislatura apontada pela junta. O judiciário é independente do executivo e do legislativo. As atividades políticas são proibidas atualmente. Antes do golpe de estado de 2006, o reino era uma democracia parlamentar, com uma legislatura bicameral eleita.

Tailândia tinha sido governada por reis desde o décimo terceiro século. Em 1932, o país transformou-se oficialmente em monarquia constitutional, embora na prática, o governo tenha sido dominado pelas forças armadas e pela burocracia da elite. A constituição atual do país foi promulgada em 2006.

O rei de Tailândia tem pouco poder direto sob a constituição mas é um símbolo da identidade e da unidade nacional. Rei Bhumibol - que está no trono desde 1946 - possui um enorme respeito do povo e autoridade moral, que se usou na ocasião para resolver as crises políticas que ameaçaram a estabilidade nacional.

Atualmente, a Tailândia é governada por uma junta militar que se intitula Conselho para a Segurança Nacional. Em 19 de setembro de 2006, o CSN encenou um golpe de estado que dominou o governo eleito de Thaksin Shinawatra. Desde então, a Tailândia foi governada por uma junta militar liderada pelo general Sonthi Boonyaratglin, que mais tarde apontou o general Surayud Chulanont, que é membro de Conselho Privativo do Rei, como o Primeiro Ministro. O golpe e a junta foram endossados pelo rei Bhumibol Adulyadej em um decreto real no dia que se seguiu.

As eleições parlamentares de 2007 foram vencidas por Samak Sundaravej e seus aliados. Em 2008 o primeiro-ministro foi demitido por violação das leis sobre incompatibilidades.

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